Mercado Eletrônico: mudança de rumo


16/12/2002

Quando a Eletropaulo, concessionária de energia de SP, resolveu participar do universo de compras eletrônicas, optou por um e-marketplace. Só que em vez aderir a um mercado aberto, onde todos os compradores e vendedores estão visíveis, como em um shopping center, quis que só os fornecedores selecionados pudessem transacionar com a companhia.

Essa é a grande tendência do segmento de e-marketplaces, portais de compra e venda, onde vendedores e compradores se reúnem para realizar negócios: cada vez mais, os ambientes são fechados e portais como o Mercado Eletrônico, o maior de seu setor, de acordo com o ranking da revista BUSINESS STANDARD, transformam-se em parceiros tecnológicos das empresas que atendem, como se fossem um ASP, isto é, alugam a infra-estrutura para que as transações aconteçam. “O nosso segmento exige uma certa qualificação do produto, não posso comprar qualquer coisa de qualquer um”, justifica Moacir Cunha, responsável pela área de suprimentos da companhia de energia, a opção pelo ambiente privado.

A tendência, porém, não se restringe ao universo das empresas. Grandes portais mundiais ou nacionais também estão transacionando com seus clientes com os “motores” dos principais e-marketplaces. O Transora, do setor de varejo, e o Rubbernetwork, da indústria de pneu e borracha, usam a plataforma do Webb. O Agrega, da Souza Cruz e Ambev, optou pela tecnologia da Tradecom. “A maioria dos clientes quer atuar no modelo fechado”, afirma Eduardo Nader, presidente do Mercado Eletrônico. “As empresas preferem o e-marketplace aberto quando vão comprar commodities.” (segue)

Ralphe Manzoni Jr.

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