Protestos contra guerra, armas nucleares ou spam pipocam na Web


06/02/2003

No mês passado, um e-mail vem circulando na Web pedindo para quem não concorda com uma ação militar no Iraque acrescentar seu nome e cidade à lista contida na mensagem antes de retransmitir a petição a amigos e conhecidos.

A cada vez que 600 assinaturas são recolhidas, os organizadores da petição, conhecida como Petição Internacional pela Paz, dizem que encaminharão a mensagem de oposição à guerra ao Centro de Informações das Nações Unidas (UNIC), em Washington.

Com a ameaça de uma guerra agora cada vez mais iminente, petições por e-mail como essa são exemplos primordiais da forma pela qual a Web emergiu como ferramenta para os defensores da paz que desejam angariar apoio e opiniões de pessoas simpáticas à sua causa.

Mas usar a Web para difundir esse apelo tem lá seus inconvenientes. Mensagens eletrônicas são muitas vezes ignoradas pelos destinatários. Podem expor os usuários a vírus de computador e a um dilúvio de mensagens comerciais não solicitadas, conhecidas como spam.

A petição endereçada às Nações Unidas provavelmente não terá muito impacto porque a UNIC, nesse caso, apaga rotineiramente as mensagens que recebe por esse meio sem pensar duas vezes, diz um porta-voz.

Mesmo assim, a facilidade envolvida em recolher milhares de e-mails com um simples apertar de botão é um sonho para as pessoas que defendem várias causas.

Os defensores dessas técnicas dizem ter obtido imenso sucesso usando um arsenal de sites na Web, mensagens de e-mail e listas de discussão para mobilizar rapidamente os interessados em participar de comícios.

A International Answer, uma coalizão de grupos opostos à guerra, credita a comunicação via Internet pelo sucesso do protesto de 18 de janeiro, quando manifestações numerosas foram realizadas em 30 países, entre os quais Egito, Rússia, Alemanha e Estados Unidos.(segue)

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