Supply chain cresce modestamente no Brasil
18/11/2002
O mercado brasileiro de ferramentas de gerenciamento da cadeia de suprimentos (supply chain management) atingiu a 57,7 milhões de dólares em 2001, segundo pesquisa da International Data Corporation (IDC). O instituto não divulga a previsão para 2002, mas garante que é de crescimento, embora inferior a 5%.
Alguns fatores inibem o desenvolvimento do mercado de SCM no Brasil, segundo a analista de supply chain management da IDC, Emy Lathrop. Entre eles estão a pouca confiança nos fornecedores desse tipo de solução, altos custos de implementação e a falta de um claro entendimento sobre os benefícios das ferramentas.
O gerente de pesquisas de TI, Mauro Peres, acrescenta que o fator cultural é outra barreira. “Alguns empresários têm medo de implantar pois o sistema descentraliza as informações.” Na América Latina a situação não é muito diferente. No ano passado, o mercado total de SCM na região foi de 128 milhões de dólares. O Brasil, nos áureos tempos, chegou a representar 60% de tudo que era gasto em TI na AL. Hoje representa 45%.
A empresa líder no segmento no Brasil é a SAP. Mas entre os cinco primeiros colocados nas vendas de 2001 também estavam a Datasul e a i2. Essa última deve sair do ranking em breve, pois fechou seus escritórios no país. “Como o ciclo de vendas das ferramentas de SCM é longo, pode ser que o impacto da saída da i2 seja maior no balanço de 2003”, explica Peres.
Outras companhias que estão bem colocadas, como a Manugistics, sofrem por serem especializadas. Embora detenham uma solução tecnicamente melhor, elas apresentam integração mais complexa e dificuldades de chegar ao cliente. Os fornecedores de ERP têm a vantagem de vender um módulo que se adequa perfeitamente ao sistema de gestão que foi vendido anteriormente para o mesmo cliente.
Melissa Sayon
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