Lojas de música online ganham terreno ante troca de arquivos
15/06/2005
LONDRES (Reuters) – As lojas legais de música online conquistaram posição sólida diante das redes de troca gratuita de arquivos, de acordo com novos dados divulgados na terça-feira.
A indústria fonográfica vem enfrentando uma crise e adotou uma mistura de táticas repressivas -processos judiciais contra internautas e serviços de troca de arquivos- e medidas de estímulo a alternativas legais como iTunes, da Apple, Rhapsody, da RealNetworks, e Napster.
De acordo com dados do grupo de pesquisa NPD, os esforços estão dando frutos: a iTunes agora está empatada no segundo posto como mais popular fonte de música online, com 1,7 milhão de domicílios baixando pelo menos uma faixa em março. Isso a coloca ao lado serviço de troca de arquivos LimeWire e pouco atrás de outro serviço de troca de arquivos, o WinMX, que atingiu 2,1 milhões de domicílios no período, liderando o ranking.
O Napster ficou em sétimo lugar, e a loja da Real Player, agora integrada ao serviço Rhapsody, da RealNetworks, ficou em nono, atrás de serviços gratuitos de troca de arquivos como o Kazaa e o BearShare. Os planos de assinatura do Napster e do Rhapsody que permitem baixar número ilimitado de canções não foram incluídos no levantamento.
“Uma das questões que a indústria fonográfica vinha tentando responder era quando as lojas de download pago começariam a concorrer diretamente com os serviços gratuitos de troca de arquivos”, disse Russ Crupnick, presidente da divisão de música e filmes do NPD.
“A questão agora foi respondida. A iTunes se tornou mais popular do que praticamente todos os serviços de troca gratuita de arquivos, e duas outras lojas de downloads pagos também atingiram massa crítica”, afirmou.
Embora os adolescentes tenham adotado os serviços de troca de arquivos em massa, o estudo concluiu que os usuários mais velhos preferem os serviços pagos, devido à ameaça de processos por parte da indústria fonográfica. A idade média do consumidor que adquire música online foi estimada em 33 anos.
Cerca de 4 por cento das casas nos EUA com acesso à Internet usaram uma loja de música online em março, informou o NPD.
O estudo do NPD foi baseado na observação do comportamento dos internautas no computador, em vez de entrevistas com eles. (segue)
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