Banda larga alcança só 1,9% do Brasil
21/02/2006
O acesso por banda larga, um dos pilares para o desenvolvimento de negócios na internet, ainda tem pouca abrangência no Brasil. Em setembro de 2005, o país contava com 3,5 milhões de conexões rápidas, o que representa uma penetração de apenas 1,9%. O índice está entre os mais baixos da América Latina.
O levantamento foi feito pela empresa de consultoria IDC, sob encomenda da Cisco. O projeto, batizado de Barômetro Cisco de Banda Larga, realizará pesquisas trimestrais para acompanhar a evolução da questão no país.
– Entendemos que a forma mais adequada de conduzir essa cruzada pela banda larga no país é propor uma meta para os próximos quatro anos e medir o crescimento das conexões com freqüência – explica o presidente da Cisco no Brasil, Rafael Steinhauser.
A meta estipulada após o primeiro levantamento é de 10 milhões de conexões em 2010. Na Argentina, o índice atual é de 2% e no Chile, de 4%.
A evolução da banda larga no Brasil parece estar de acordo com a meta traçada: do final de 2001 até o final de 2004, o mercado cresceu a uma taxa acumulada de mais de 700%, praticamente dobrando a cada ano.
– A implementação nacional de uma infra-estrutura de banda larga nos três níveis da administração pública – federal, estadual e municipal – em um modelo de governo conectado para todos vai promover a eficiência e efetividade dos serviços públicos oferecidos, sendo capaz de impactar o PIB em até 1,5% – afirmou o secretário de Tecnologia e Logística do Ministério do Planejamento e Conselheiro do Comitê Gestor da Internet no Brasil, Rogério Santanna.
O desenvolvimento da banda larga possibilita mais serviços como ensino à distância, elaboração remota de diagnósticos médicos e aplicações de mobilidade no ambiente de trabalho. É também uma tecnologia importante para integrar o acesso à internet a projetos de inclusão digital.
Uma das tecnologias mais proeminentes no mundo, a telefonia pela internet, tem como premissa básica a conexão estável e em alta velocidade. O serviço já é oferecido por 33% dos provedores, de acordo com o estudo. O VoIP aparece como uma das tendências para o país nos próximos anos, junto com o Vídeo on-demand, oferecido por 17% dos provedores.
O relatório do IDC destaca que a banda larga ‘representa também de forma objetiva a convergência entre os mundos da tecnologia da informação e das telecomunicações’. (segue)
Marcela Canavarro
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