AMD anuncia estratégia para além de computador pessoal
20/11/2002
A AMD afirmou ontem que vai abraçar uma estratégia de desenvolvimento de processadores para uma variedade grande de produtos eletrônicos além dos computadores pessoais e fez um pedido para que a indústria concentre seus esforços nas necessidades dos usuários em vez de criar “tecnologia para tecnologia”.
“Nos tornamos interdependentes de cada um para o sucesso”, afirmou o presidente-executivo da AMD, em discurso na feira de tecnologia Comdex, em Las Vegas.
“Eu peço a vocês para exigirem que estas companhias, que atualmente trabalham para vocês hoje, comecem a desenvolver tecnologia não para si próprias, mas que produzam para o que vocês realmente estão tentando fazer”, afirmou Ruiz.
A AMD, que lutou uma batalha perdida nos últimos trimestres contra a Intel no mercado de processadores supervelozes, afirmou que a produção de semicondutores menores, mais baratos e mais rápidos não é mais uma estratégia efetiva.
Em uma mudança em relação à indústria de computadores pessoais em ritmo lento, onde a Intel e a AMD têm participações significativas, a AMD afirmou que vai começar a trabalhar com uma ampla variedade de companhias para vender seus próprios produtos.
Ruiz estava acompanhado de executivos e representantes da Gibson Guitar Company, da George Lucas’ JAK Films e da fabricante de supercomputadores Cray para ilustrar a tecnologia que a AMD está entregando além do universo dos computadores pessoais.
O presidente-executivo da AMD também previu um novo papel para o PC, afirmando que “o tempo em que veremos o PC assumindo o ponto central de uma casa está chegando rápido”, um cenário que a gigante do software Microsoft está tentando dominar.
O foco no consumidor também repercute em uma campanha publicitária de Us$ 400 milhões lançada pela Hewlett-Packard, na última segunda-feira, que tem por objetivo pintar a fabricante de computadores como uma empresa de serviços de tecnologia da informação completos, além do hardware.
A estratégia da AMD surgiu no mesmo dia em que a agência de classificação de risco Standard & Poor rebaixou a nota para a fabricante, preocupada com sua habilidade em aumentar os lucros em um ambiente de fraca demanda.
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