A publicidade na Web dá retorno a quem anuncia?
27/11/2008
Muitas empresas se questionam se a publicidade na Web realmente dá retorno a quem anuncia. Como em qualquer mídia, a campanha tem que se adaptar e falar a linguagem do meio. Assim como ninguém reproduz um outdoor na televisão, não se pode reaproveitar comerciais de TV e folders na Web. Linguagem da Web é basicamente sobre informação, não é à toa que navegamos por um mar de informações. E é ainda melhor quando as informações podem ser manipuladas de acordo com o interesse do usuário, ou seja, use e abuse da interatividade.
As pessoas utilizam a Web como uma fonte rápida de informação, seja para fins profissionais ou de lazer, é importante que as páginas estejam escritas de modo a satisfazer esta necessidade de informação, mesmo que contenham publicidade. A publicidade sempre que possível deverá fazer parte da informação que os utilizadores procuram, ou seja, deverá ser colocada em sites visitados pelo público-alvo da sua empresa ou produto. Esta publicidade direcionada é a chave do sucesso do Google, porque os anúncios aparecem de acordo com a pesquisa efetuada.
Com a delicada situação da economia norte-americana e as quedas nas bolsas mundiais, as empresas estão reduzindo seus orçamentos de propaganda e revistas e jornais estão cortando custos para resistir a um ano com menos lucro. O cenário publicitário no mundo real não é dos melhores, mas isso ainda não se refletiu na Internet.
No último trimestre, gastos com anúncios online atingiram US$ 5,9 bilhões, um aumento de 11% em relação a 2007. Também no Brasil a tendência é de fortalecimento da Internet como veículo publicitário. Dados do Inter-Meios, relatório da editora Meio & Mensagem mostrou que o maior incremento publicitário em 2008 na área de comunicação foi para Internet, com aumento de 47,2 nas receitas, em nove meses de 2008, comparados com o mesmo período de 2007. Com isso, a Internet movimentou R$ 519 milhões com publicidade. A participação total nos investimentos foi de 3,4%, quase empatando com a TV por assinatura que teve 3,6%.
A previsão é que no quarto trimestre, apesar do crescimento global na casa dos dois dígitos, os investimentos em anúncios on-line devem permanecer estáveis. De acordo com o presidente e CEO do IAB, Randall Rothenberg, o crescimento acelerado da publicidade pela Internet, que já aconteceu nos últimos anos, se estabilizou em grande parte devido à atual conjuntura econômica, mas continua a ser a mais mensurável e rentável forma de atingir os consumidores.
Segundo o sócio da PricewaterhouseCoopers LLP, David Silverman, o enfraquecimento da economia vai continuar a ter um impacto negativo para todas as formas de publicidade. Porém, segundo Silverman, a Internet deve estar mais bem preparada para resistir, dada a sua capacidade de combinar a publicidade baseada em desempenho, juntamente com amplo conhecimento da marca.
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