Campanhas antiterror estão cerceando a Web
[ Scarlet Pruitt – Infoworld – Com tradução de IDG Now! ]Os esforços para combater o terrorismo estão afetando drasticamente o direito de liberdade de expressão na Internet, já que governos de várias nações se dispuseram a aumentar a vigilânia online. A questão foi levantada em um estudo revelado pelo grupo ativista Reporters Without Borders. Segundo os membros da entidade, as leis antiterroristas colocadas em prática desde os atentados de 11 de setembro vêm coibindo o fluxo de informação na Web. “Um ano após a tragédia, a Internet está sofrendo os efeitos colaterais resultantes do dilúvio de medidas de segurança”, disse o relatório. O grupo apontou medidas como o USA Patriot Act, assinado pelo presidente George W. Bush em outubro passado, e o Anti-Terrorism, Crime and Security Act, aprovado na Inglaterra na mesma época, como grandes cerceadores da democracia. O primeiro deles visa aumentar a vigilância eletrônica, afouxar as regras de grampo e adotar penas duras contra hackers. Já o Anti-Terrorism, Crime and Security Act exige que os provedores de acesso à Internet retenham informações pessoais dos usuários e dá ao governo o poder de monitorar o tráfego de e-mails e transações financeiras privados. Mas os dois países (Inglaterra e EUA) – os que mais fazem barulho com campanhas antiterroristas – não foram os únicos a aprovar regras reprimindo a Internet, afirma a entidade. Índia, Itália, Espanha, Alemanha, Dinamarca e Canadá também integraram este time. “A Web não está somente sendo atacada por países que tradicionalmente hostilizam a liberdade de expressão. Ela também está na berlinda em países altamente democráticos”, informou o relatório. O Reporters Without Borders ressalta que medidas envolvendo a retenção de e-mails e informações de pessoas que visitam sites são preocupantes, assim como a possibilidade de transformar as empresas de telecomunicações e provedores de Internet em braços da polícia.
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