Começa produção brasileira de banda larga sem fio
04/10/2006
O Brasil vai começar a produzir equipamentos para rede de banda larga sem fio, tecnologia conhecida como WiMax, a partir do primeiro trimestre de 2007. A gaúcha Parks vai investir R$ 2,8 milhões em uma nova linha de produção em sua fábrica de Cachoeirinha (RS) para fabricar modems e antenas com os chips da Intel – a empresa norte-americana abriu sua tecnologia para que empresas brasileiras possam adaptá-las ao mercado local.
Os modens produzidos pela Parks são instalados na casa do usuário e as antenas na área em que a rede de internet sem fio irá funcionar. Até agora, esses equipamentos eram importados, o que significa preço mais caro. Com a produção local, a Parks estima que o preço deva cair cerca de 30%.
Com os novos produtos, a empresa espera aumentar seu faturamento em 20% no ano que vem. Em 2006, a receita da Parks deve somar R$ 40 milhões. Alguns analistas de mercado, no entanto, são mais pessimistas quanto à viabilidade do negócio WiMax no Brasil. Para o Yankee Group, a rede de transmissão de dados só terá grande escala em 2010.
Em 2007, a Parks vai vender apenas equipamentos para o chamado ‘WiMax fixo’, que dá acesso à internet sem fio em edifícios comerciais ou residenciais e facilitam a mobilidade dos computadores dentro das empresas.
Nesse sistema, dois equipamentos (um emissor de sinais, na rua; outro receptor, dentro dos prédios) permitem que todos as máquinas tenham acesso à internet sem necessidade de instalação de cabos.
Segundo o diretor comercial da Parks, Luiz Cury, a fabricação dos equipamentos com o chip Intel foi possível graças à parceria com o CPQD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações).
O CPQD trabalha com a Intel há dois anos e recebeu autorização para adaptar a tecnologia de fabricação dos modems e antenas do sistema sem fio para o mercado brasileiro.
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