Comerciantes apostam no comércio eletrônico para alavancar vendas
28/04/2008
Várias lojas de rua do bairro Cambuí, em Campinas, apostam no comércio eletrônico para alavancar as vendas e aumentar as suas carteiras de clientes. Vislumbrando a popularização do acesso à internet, bem como a comodidade que este canal de vendas proporciona, donos de alguns estabelecimentos do bairro oferecem agora aos seus clientes a opção de com apenas um click efetuar suas compras on-line. Por enquanto, o e-commerce não desbanca as lojas de rua. Mas este centro de prosperidade na web promete crescer e levar ainda mais lucro aos comerciantes e, de quebra, incrementar os negócios de empresas terceirizadas em entregas.
Há 30 anos no mercado e há dois sob nova direção, a Floricultura Cambuí (www.floriculturacambui.com.br) comemora em 11 de junho o aniversário de dois anos de seu site. A loja virtual aceita entregas em Campinas, Valinhos, Vinhedo e Paulínia. "No início, foi um risco muito grande que tivemos de correr" , revela o gerente João Henrique Montagner Contrera. "O crescimento das vendas on-line aumenta a cada ano; tomo por base a véspera do Dia dos Namorados – 11 de junho, cujas vendas de 2007 saltaram 150% em relação ao mesmo período de 2006" . Clientes do Exterior, como da Austrália, México, França, Inglaterra e Estados Unidos, já compraram pelo site da loja.
Hoje, as vendas pela internet representam entre 15% e 20% do faturamento da floricultura, segundo Contrera. Para manter o site atualizado e promover a divulgação dele, Contrera informa que gasta de R$ 300 a R$ 700. Além disso, precisou investir na compra de um automóvel para fazer as entregas e no treinamento de um funcionário. "Quando temos muitas entregas, contratamos um terceirizado" . A logística de transporte exige uma série de cuidados, como embalar os vasos, colocar redes nas rosas e/ou flores, usar plástico bolha, evitar o balanço do automóvel e enviar muitos botões de rosas. A taxa de entrega varia de R$ 12 a R$ 27.
"O preço é o mesmo comprando pela internet ou na loja. Todos os nossos produtos têm um padrão para evitar que um dia a pessoa leve mais folhagem e no outro mais flores para casa ou para presentear" , explica Contrera. O interessado escolhe o arranjo e pode pagar com cartão de crédito ou depósito bancário. "Depois, a pessoa precisa enviar o comprovante bancário para o sistema e efetivar a compra" . De flores para livros técnicos, a internet vende de tudo. A Servanda Editora e Distribuidora de Livros Ltda. (www.servandaeditora.com.br), editora de livros jurídicos que existe desde 99, há cinco anos passou a vender pela internet.
Para chamar a atenção de seu público, a Servanda anuncia a sua home page em uma revista especializada. "Temos grande dificuldade em atingir a comunidade jurídica, como os advogados, que não dispõe de muito tempo" , explica o diretor de edição da editora, Reginal Vieira Júnior. "O nosso comércio na rede é inexpressivo, atingindo entre 3% e 5% do faturamento. Entretanto, toda a divulgação pela Internet reflete nas livrarias de todo o País" . Segundo Vieira Filho, a Servanda irá aprimorar o site com o sumário de alguns livros e páginas de leitura para chamar a atenção. "O comércio on-line será a loja do futuro para este público que não tem tempo de ir à livraria" .
A postagem é gratuita. A compra é enviada pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) ou por transportadoras terceirizadas. "Para encomendas entre 10 e 30 quilos, geralmente, as transportadoras batem os preços dos Correios" , diz Vieira Filho. O cliente virtual vai gastar o mesmo valor que pagaria em uma livraria pelo preço de um livro editado pela Servanda. "Quem comprar acima de três publicações no site poderá obter descontos de até 15%" , avisa Maria Angelina de Lima, responsável pelas vendas do site da Servanda. Reconhecendo que o seu site não é tão prático para navegar, a Primus Papelaria irá reformular a sua home page (www.primuspapelaria.com.br) para atrair mais fregueses.
"A nossa intenção é disponibilizar mais produtos no site e desenvolvê-lo de uma forma que fique mais fácil de navegar", explica o sócio-proprietário da Primus, Valmir Andrade Pires. "Vendemos muito para fora de Campinas, como para o Rio Grande do Sul e o Tocantins" . O campeão de vendas é o canudo para festas de formatura. Hoje, as vendas online representam 2% do faturamento da papelaria, que tem unidades no Centro e no Cambuí. " Quando criamos o site em final de 2006, recebemos, em média, 500 visitas/mês. Hoje, o número de visitantes saltou para 3 mil. A tendência é aumentar porque a pujança digital não esconde um mercado ainda mais promissor".
Nice Bulhões
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