Insights sobre os hábitos de uso de redes sociais no Brasil
A E.life lança a nova versão de sua pesquisa Hábitos de uso de redes sociais no Brasil com vários dados valiosos para o planejamento de marketing das empresas.
O estudo, realizado desde 2010, busca entender o perfil do usuário de internet e redes sociais e seus principais motivadores no país. para isso, foram entrevistadas 1.961 pessoas com questionário estruturado aplicado por autopreenchimento. O que garante uma margem de erro de 2,2pp para mais ou para menos. Separamos os principais insights para você acompanhar:
Conhecer o perfil de uso de dispositivos de acesso à internet pode ajudar a compreender o perfil do internauta brasileiro.
- Quando falamos de digital não estamos falando de um único device, mas de devices tão distintos como o celular, tablet, smart TV/apple TV/Chromecast e videogames. Estes devices estão presentes em toda a jornada do consumidor de conteúdo digital e sua utilização depende do horário, idade, classe social, sexo e localização do internauta (em casa, fora de casa). Os jovens com até 19 anos acessam mais a internet por smartphones e notebooks, enquanto os entrevistados com mais de 40 anos usam mais tablet ou Smart TV, Google Chromecast, Apple TV. Homens usam mais Smart TV e videogames do que mulheres e a classe B é heavy user de videogames para acessar a internet.
- Conhecer os hábitos de uso de devices no acesso à internet pode ajudar a entender melhor a jornada do consumidor digital.
Dispositivo de acesso à internet por gênero
Feminino* | Masculino* | |
Celular ou smartphone | 54,2% | 45,8% |
Notebook ou PC mesa/ Desktop | 53,7% | 46,3% |
Tablet | 51,7% | 48,3% |
Smart TV, Google Chromecast, Apple TV | 47,9% | 52,1% |
Videogame | 48,4% | 51,6% |
Dispositivo de acesso à internet por faixa etária
A | B | C | D | E | |
Celular ou smartphone | 19,6% | 29,0% | 37,5% | 9,1% | 4,8% |
Notebook ou PC mesa/ Desktop | 19,6% | 27,9% | 37,9% | 9,8% | 4,8% |
Tablet | 12,5% | 24,5% | 41,9% | 13,2% | 8,0% |
Smart TV, Google Chromecast, Apple TV | 7,2% | 22,8% | 46,7% | 14,3% | 9,0% |
Videogame | 8,3% | 27,5% | 42,5% | 13,6% | 8,1% |
Nem todas as redes são iguais: as marcas precisam conhecer particularidades de uso de cada rede e seus públicos.
- WhatsApp é a rede social mais usada hoje. Ela é privada, não pode ser monitorada (não há API) e ainda não está integrada aos principais softwares de Gestão de Atendimento. Facebook é a segunda rede social mais usada e Twitter e Instagram empatam na terceira posição.
- As redes também são utilizadas de maneira distintas: Whatsapp tem foco no relacionamento com amigos e parentes; Facebook é utilizada para conhecer gente nova, passatempo, fazer contatos profissionais e para o relacionamento com empresas, produtos e serviços.
- Com isso em mente, uma marca precisa compreender que nem sempre estar em todas as redes sociais deve ser seu objetivo. Mas deve-se buscar as redes que tenham maior aderência com seu público e utilização. O Instagram, por exemplo, se destaca entre os mais jovens, porém é a terceira posição para conhecer gente nova ou falar com amigos além de não ser uma rede em que se busque conteúdo institucional de uma marca.
Motivos de uso das principais redes sociais
Rel. com amigos e conhecidos | Conhecer gente nova | Passatempo | Contatos profissionais | Relacionamento com empresas | |
70% | 32% | 33% | 57% | 8% | |
66% | 63% | 54% | 67% | 51% | |
34% | 43% | 32% | – | 16% | |
34% | 45% | 42% | 36% | 22% | |
Snapchat | 9% | 12% | 14% | – | – |
Youtube | 7% | – | 27% | – | 17% |
7% | 9% | 4% | 24% | 19% | |
Telegram | 4% | – | – | – | – |
– | 14% | 3% | 50% | 16% |
Celular se torna um canivete-suíço para vários tipos de aplicações online e porta de entrada para o consumo de informações e serviços, apesar das dificuldades com o m-commerce.
- Vivemos num país onde o celular pré-pago é maioria. Apesar dos smatphones terem atualizado a experiência mobile e reduzido o uso de Voz e SMS, somente 54% dos internautas usam sua franquia para acessar as redes sociais diariamente, mas não compram pacotes de dados adicionais de 3G e 4G.
- São pessoas heavy-users da internet e que topariam fornecer dados pessoais em troca de acesso Wi-Fi
- Para este público, as questões de segurança não são mais o único desafio para o m-commerce, mas a dificuldade de uso de um app ou site móvel, o que demonstra que há muito a ser melhorado na gestão de interface e experiência do usuário de acesso móvel.
- O celular também substituiu o Jornal Impresso (76% leem notícias no celular diariamente), o Portátil para jogar videogame (70% utilizam o celular para jogar) e o DVD/BlueRay (2 em cada 3 entrevistados acessa streaming pelo celular).
- Ele ainda serve como GPS (90% utilizam ferramentas de geolocalização e 16% fazem isso diariamente). E várias outras aplicações são realizadas no celular como: controle de atividades físicas e dietas, agenda de compromissos, online banking, aplicativos e pagamentos de contas.
- Ou seja, o celular é tão importante quanto a carteira ou as chaves de casa. Compreender como o consumidor utiliza seu celular pode ajudar a compreender e influenciar sua jornada de consumo ou ser uma porta de entrada para o consumo de informações e serviços.
Plataformas digitais de vídeo já ultrapassam TV paga e TV aberta entre internautas. Os canais permitem boa segmentação para presença de marcas
- Plataformas online já superam TV para usuários de redes sociais, principalmente plataformas que seguem o formato do Youtube.
- Plataformas de vídeo On-line, como YouTube e Streaming, TV Aberta e Paga, além de videos baixados no computador competem pela atenção dos internautas, cada um com suas vantagens e desvantagens.
- A TV paga é elogiada pela boa variedade e conteúdo, enquanto o streaming pela liberdade de escolher o melhor horário para ver o programa de preferência.
- O YouTube une as características positivas da TV paga e do streaming, sendo reconhecido pela variedade de conteúdo e pela liberdade de acessar o conteúdo a qualquer momento.
- Os internautas entre 20 e 39 anos são os mais influenciados pelas redes sociais na escolha de um programa em vídeo: 57% declaram que quanto mais gente fala sobre uma série, por exemplo, mais se sentem compelidos a assisti-la.
Evolução dos dispositivos de consumo de vídeo
O consumo de notícias acontece online, com portais e feed de notícias disputando as preferência dos leitores.
- Portais de notícias e a timeline são os principais meios de acesso à informação jornalística dos usuários de redes sociais, com 69% e 43% de relatos de uso respectivamente. Telejornais vêm na terceira posição com 36%.
- Em comparação com 2014, houve aumento no percentual de entrevistados que considerou o feed de notícias como primeira e segunda fonte de informação jornalística. Por um lado, isso estimula os meios de comunicação tradicionais a publicarem seus conteúdos em redes sociais, por outro cria um novo ecossistema de veículos independentes competindo pela atenção dos mesmos leitores.
- A batalha das notícias, entre veículos tradicionais e independentes, não tem ajudado a reputação da timeline: é o lugar que gera maior desconfiança dos leitores em relação aos conteúdos publicados.
- O nível de confiança em todos os meios de informação caiu desde a última versão da pesquisa, o que abre importante precedente para social influencers e opinião dos pares na formação da reputação de marcas.
- Com a adoção da timeline como fonte de informação jornalística, o monitoramento de veículos de comunicação é cada vez mais importante na prevenção de crises e gestão de reputação de marca.
Evolução de plataformas de consumo de notícias
% acesso | Ano | Primeira fonte | Segunda fonte | Terceira fonte | |
Portais de Internet e sites de jornais e revistas | 69% | 2016 | 52% | 22% | 25% |
2014 | 52% | 26% | 22% | ||
Feed de notícias / timeline das redes sociais | 43% | 2016 | 24% | 38% | 38% |
2014 | 20% | 32% | 48% | ||
Telejornais | 36% | 2016 | 25% | 42% | 33% |
2014 | 26% | 39% | 36% | ||
Perfis de mídia independente que assino em redes sociais | 32% | 2016 | 33% | 37% | 29% |
2014 | 29% | 42% | 29% | ||
Perfis de jornais e revistas que assino em redes sociais | 31% | 2016 | 38% | 35% | 28% |
2014 | 43% | 38% | 20% | ||
Jornais e revistas impressos | 20% | 2016 | 25% | 27% | 48% |
2014 | 26% | 33% | 41% | ||
Radio (offline) | 11% | 2016 | 19% | 32% | 48% |
2014 | 18% | 27% | 55% | ||
Rádio (online) | 7% | 2016 | 21% | 42% | 37% |
2014 | 10% | 30% | 61% | ||
Podcasts | 7% | 2016 | 15% | 44% | 41% |
Os canais tradicionais de atendimento ao consumidor continuam fortes e convivem com os novos canais sociais, que são vistos como espaços para resolução de problemas simples e cotidianos.
- Canais como e-mail e site ganham espaço no relacionamento dos clientes com as empresas, com 61% e 45% respectivamente.
- Telefone perde um pouco de espaço para e-mail, mas se mantém bastante relevante no que tange a atendimento, com 54% dos relatos de uso.
- As redes sociais têm preferência em atendimentos de questões simples e fáceis (36% e 27% respectivamente), o que, se associarmos à preferência de atendimento pelo Facebook – 58,5% – nos permite focar em soluções para atendimento otimizadas em primeiro nível como os Bots.
- Também geram interesse pelo conteúdo das empresas e, portanto, também demandam atendimento redes como Twitter – 40,6% e Instagram – 31,4%.
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