Intenção de compras online é maior que no varejo tradicional

Stella FontesA crise econômica que vem atingindo o varejo tradicional não se reflete no desempenho do comércio eletrônico brasileiro. Pelo contrário: as intenções de compra via Web, nos próximos dois meses, são superiores às do varejo físico. De acordo com pesquisa realizada pelo Programa de Administração de Varejo (Provar) da Universidade de São Paulo, em conjunto com a e-bit, empresa de pesquisa e marketing online, 78,1% dos 1,5 mil entrevistados não pretende efetuar compras no varejo tradicional até o mês que vem. Quando o assunto é comprar via Internet, esse índice cai a 5,4%.De acordo com o diretor da e-bit, Pedro Guasti, os números indicam duas realidades: de um lado, o comércio eletrônico continua em franca ascensão; de outro, o público das lojas virtuais, formado basicamente pelas classes A e B, ainda não foi afetado pela crise econômica. “Os e-consumidores são quase integralmente das classes A e B, fato que justifica o elevado índice de intenção de compras”, afirma Guasti.A pesquisa aponta ainda que os consumidores de lojas virtuais são mesmo perdulários. De setembro a outubro, 66,8% dos entrevistados que pretendem realizar compras via Internet devem adquirir pelo menos quatro produtos e 24,1%, mais de seis. “Esse é o primeiro estudo realizado em parceria com o Provar e na próxima pesquisa, poderemos cruzar os dados e verificar se o volume de vendas cresceu ou não”, pondera Guasti. Ainda no quesito gastos, a pesquisa indica que 10% dos entrevistados pretendem comprar carros via Internet. Das 150 pessoas que demonstraram interesse em veículos, 26,8% querem gastar até R$ 10 mil e 42,7%, valores superiores a R$ 10 mil – com teto de R$ 20 mil. “Neste ano, o comércio eletrônico nacional deve faturar R$ 1 bilhão, 50% a mais que o registrado no ano passado”, afirma o diretor da e-bit. As vedetes entre os produtos oferecidos pelas lojas virtuais continuam representadas por livros, CDs e DVDs. “Mais de 80% dos entrevistados afirmou que pretende comprar um desses itens”, diz Guasti. A pesquisa levantou ainda as lojas virtuais preferidas pelos internautas. O Submarino ficou com 60% dos votos, seguido por Americanas.com (13,3%) e Saraiva (11,2%).Segundo Guasti, o comércio eletrônico nacional conta hoje com 1,4 milhão de usuários ativos, número equivalente a 10% do total de internautas do País. “Em um ano, o número de e-consumidores cresceu 65%, ante índice de 15% na base de internautas”, disse.

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