Linux pode ser a chave de segurança no ciberespaço?
30/10
Ameaças terroristas, proliferação de pragas e vírus e recentes ataques à grande rede mundial convenceram o governo norte-americano e o mercado que o ciberespaço é desconfortavelmente vulnerável.
Em um debate sobre segurança no ciberespaço, realizado em Washington (EUA), foi levantada a rivalidade entre os sistemas operacionais abertos e as plataformas proprietárias quando se trata da solução mais adequada para garantir a segurança na Internet.
O evento promovido na terça-feira (29/10) pelas fornecedoras Red Hat Inc. e Dell Computer Corp., explorou a forma como as tecnologias de código aberto podem assegurar redes e sistemas, paricularmente em agências do governo.
“Para garantir a segurança no mundo da Internet, tenho que ter controle do meu servidor”, disse Bill Caelli, professor de engenharia de software na Austrália.
“Foi-se o tempo em que eu sabia de onde vinha o meu software”. Com sistemas operacionais como os da Microsoft Corp., por exemplo, “não podemos promover mudanças incrementadas na infra-estrutura de segurança”, complementou Caelli.
O governo norte-americano não tomou partido no debate entre os sistemas abertos e fechados, afirmou Marcus Sachs, executivo de cibersegurança da Casa Branca. No entanto, algumas agências federais já optaram por implementar o Linux ou outras tecnologias de código-fonte aberto.
Entre as iniciativas da administração Bush para combater a vulnerabilidade de sua infra-estrutura crítica de tecnologia, está o documento “National Strategy to Secure Cyberspace”, divulgado em setembro.
O plano incentiva indivíduos, corporações, universidades e agências do governo a tomarem suas providências para implementar práticas apropriadas de segurança.
Entretanto, segundo James Griffin, especialista em segurança na Internet, deixar a decisão para o mercado deixa os usuários à mercê de “sistemas de má qualidade” e que tais mudanças propostas pelo governo ocorrerão somente se pessoas e empresas forem motivadas.
Griffin prega uma regulamentação para o plano de segurança dos Estados Unidos, dizendo que tal responsabilidade ainda não existe na indústria de software. Segundo ele, se as companhias de tecnologia forem obrigadas a reportar as vulnerabvilidades de seus produtos, podem tornar-se mais responsáveis quanto aos mesmos. “As pessoas não querem esperar que elas (as fornecedoras) façam isso, mas inspecioná-las fazendo”, concluiu o especialista em segurança.
[ Michelle Madigan – PC World.co, EUA ]
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