Mercado de TI também pode ser vítima da guerra
22/03/2003
A guerra contra o Iraque, que teve início na última quarta-feira, 19 de março, não deixará vítimas somente nos campos de batalha. De certa forma o mundo todo sofre as conseqüências do conflito no Golfo. As empresas de Tecnologia da Informação podem ser alguns dos “alvos atingidos”. A chamada “Operação Liberdade do Iraque”, que tenta destruir o regime de Saddam Hussein, deve afetar as empresas internacionais de TI, visto que essas se encontram nos EUA ou na Europa.
O presidente da Assespro-RS, Cézar Leite, acredita que haja um aumento na importação de produtos e uma demora na entrega dos mesmos. “As companhias aéreas também devem ficar comprometidas, com limitações para saída de material”. Ricardo Felizzola, presidente da Altus Sistemas de Informática entende que o conflito pode trazer para o mercado de TI importante recessão, já que a fonte de hardware, software e diversos produtos é uma das nações em guerra e afirma: “A idéia de monopólio de força bélica é uma idéia que passa imediatamente para monopólio de mercado”.
A oscilação do dólar – que fechou na quinta em alta de R$3,48 e na sexta em baixa de R$3,40 – também é motivo de preocupação entre os dirigentes. “A incerteza cambial é o que mais preocupa, pois todo o mercado de TI está de uma maneira ou de outra vinculado ao dólar, seja nos custos ou nas receitas”, comenta o Diretor Comercial da Dinamize, Cássio Bobsin Machado.
Por outro lado, como o Brasil e a América Latina se posicionaram contra a guerra, os empresários acham que isso representa uma oportunidade para as companhias nacionais. (segue)
Michele Corrêa
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