O SEO está vivo ou morto?
Há uma polêmica no mundo do marketing que me parece, no mínimo, extemporânea e inócua: será que o SEO morreu e está enterrado de vez quando se fala em conversão, posicionamento, links e vendas no ambiente online?
O que eu afirmo, sem medo de errar é o seguinte: o SEO (Search Engine Optimization) não está nem perto de morrer. E quem o salvou desta morte precoce foi um beija-flor. Curioso? Eu explico.
O SEO está, como tudo que é vivo, em constante mutação e desenvolvimento. E é preciso, para entender esta evolução, compreender o gênesis da metodologia e suas posteriores modificações.
O mundo dos buscadores e do SEO começou com a inclusão de links em textos que remetiam ao assunto desejado. Ou seja, se a ideia era chamar a atenção para “carros” um link contextualizado dentro do texto principal era inserido. Digamos, colocava-se um hiperlink no trecho “carros desejados”, que intentava levar o usuário para a outra página. Ao obter sucesso, a nova página acessada recebia “um voto” e assim aumentava seu PageRank e, por consequência, ia galgando posições nos buscadores para aquele texto que aparecia no hiperlink.
E assim, uma espécie de “briga de foice no escuro” começou a ocorrer. Qualquer texto, sem contexto, poderia conter, por exemplo, o trecho “carros desejados”. Sem critério nenhum, a não ser ganhar posições, esta técnica foi ficando cada vez mais desacreditada, criou-se um verdadeiro mercado negro de vendas de links, de compra de domínios, em suma de manipulação. Ou seja, os resultados ficaram perigosamente artificiais.
Foi aí que o Google, notoriamente o principal buscador do mundo disse: chega! Vamos fazer mudanças profundas nos algoritmos para acabar com essa farra prejudicial para a acuidade das buscas. E assim, o zoo algoritmo começou: em 2011 veio o Google Panda, em 2012 o Google Penguin. O primeiro eliminava links artificias, o segundo páginas focadas em palavras chaves em detrimento do conteúdo. E finalmente, a última espécie, o Google Hummingbird, beija-flor em português, veio voando e mudou drasticamente a forma de fazer SEO. E para melhor.
O recado do Google foi simples. O beija-flor é inteligente, ou seja, o que eles querem dizer é: nós fizemos mudanças e ficamos mais inteligentes. Não tente nos enganar. E, sobretudo, tenham estratégias de SEO consistentes e duradouras. Se fizerem isso, nosso robô – que é também inteligente – vai encontrar o site que vocês construíram e constroem constantemente.
Ou seja, os artifícios, sim, estes morreram. Estão enterrados sem muita chance de voltarem ao mundo do SEO. E também o imediatismo, a falta de planejamento e qualidade. Nasceram ou se fortaleceram as estratégias sistemáticas e bem construídas, o conteúdo qualificado, a reputação e a estratégia de médio e longo prazo. Esses sim, capazes de manter ou elevar um site na busca de forma consistente e duradoura.
Com tudo isso, você ainda acha que o SEO morreu?
Diego Ivo é fundador da Conversion
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