Para analistas, mudanças na Web em 2007 virão de usuários
02/01/2007
Três especialistas em Internet prevêem uma continuação da influência do internauta nas mudanças que acontecerão na web em 2007, mesmo com a dificuldade que exista em se fazer previsões sobre o assunto.
Ainda que marcas como Google, Yahoo e Amazon sejam familiares aos usuários, os últimos 12 meses já deram sinais de que seus reinados não durarão para sempre.
Em 2006, nomes como YouTube, MySpace, Bebo e Facebook foram os que ganharam as manchetes, ao lado de vários outros sites de relacionamento
O foco nos usuários e em comunidades online deve continuar em 2007, de acordo com Kathy Johnson, da Consort Partners, uma empresa do Vale do Silício que vem recomendando às empresas que estão iniciando suas operações a se focarem no “Web 2.0”.
A Web 2.0 é a segunda geração de serviços baseados na web, como sites de relacionamento, wikis (sites que permitem ao usuário agregar ou editar informação do mesmo), instrumentos de comunicação e ‘folksonomias’ (sites que permitem a categorização coletiva de informação).
A grande tendência entre as empresas baseadas na Web será a “atualização da personalização”, diz Johnson. Com isso, ela quer dizer que as empresas tentarão explorar a informação gerada pelas comunidades que surgirem na Internet.
Ela diz que sugestões de livros e CDs feitas por lojas como a Amazon não têm a confiança das pessoas porque não se têm certeza de como elas são feitas. Por outro lado, os usuários tendem a confiar mais em recomendações vindas de grupos de interesse que eles participem.
“É por isso que todas as empresas estão falando em gerenciamento de reputação e associando com a personalização, pois assim, as recomendações têm a confiança do usuário”, afirma Johnson, para quem os sites como o Last.fm e Mog puxam a fila da nova tendência, que deve crescer nos próximos meses.
Para o empresário Philippe Courtot, 2007 deve ser um ano de profundas mudanças na indústria de tecnologia e que os produtos baseados na Web também devem ganhar espaço.
A facilidade e velocidade com que os programas baseados na rede estão sendo combinados estão fazendo com que mais e mais empresas se perguntem como elas podem criar os softwares que elas usam para manter suas organizações funcionando.
“Não é mais possível desenvolver softwares à moda antiga”, explica Courtot, fundador e presidente da empresa de segurança online Qualys. “Os custos de distribuição e suporte são cada vez maiores e a satisfação dos clientes só diminui”.
Ao invés de comprar uma licença para o programa e desenvolver os aplicativos sozinhas, cada vez mais companhias estão procurando empresas que possam oferecer software através de um browser.
Com os consumidores começando a ficar mais escassos, ele prevê um aumento na quantidade de fusões e aquisições entre empresas, já que empresas de software tendem a se canibalizar para permanecer no ramo. “Vai haver uma consolidação”, afirma Courtot. (segue)
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