Pequenos negócios de comércio eletrônico devem crescer 40% neste ano
26/07/2010
O comércio eletrônico – também conhecido como comércio virtual ou digital – deverá fechar 2010 com faturamento superior em 40% em relação a 2009, quando o setor faturou em torno de R$ 10 bilhões. A previsão é da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico ( www.camara-e.net ), que credita cerca de 20% do total faturado ou R$ 2 bilhões às vendas virtuais realizadas por micro, pequenas e médias empresas no ano passado.
"Esperamos que todo o bolo cresça 40% e os 20% relativos aos negócios virtuais das micro, pequenas e médias empresas também deverão crescer 40%", afirma Gerson Rolim, diretor executivo da Camara-e.net, entidade que congrega 150 associados de todos os setores e segmentos de mercado no País. A maioria das empresas praticantes do comércio eletrônico está nas regiões Sul e Sudeste. Na Região Nordeste, há predominância das grandes redes varejistas nessa modalidade comercial, informa Rolim.
O uso de plataformas digitais é crescente no País para vários fins, entre eles, o comércio eletrônico, segundo pesquisas secundárias de mercado. No caso das MPE, elas usam os meios virtuais mais para pesquisar preços, produtos, serviços e fornecedores do que para comprar e vender, segundo tais pesquisas. No País ainda existe grande parcela da população e de empresas excluídas do acesso ao mundo digital. Esse seria um dos motivos da pouca adesão ao comércio eletrônico, até o momento, de acordo com essas fontes informais.
Há quase dois anos, o Sebrae patrocina o circuito nacional de palestras, denominado MPE Net, uma iniciativa da Camara-e.net, que também conta com instituições financeiras como parceiras. O objetivo das palestras é levar informações e conhecimentos sobre ferramentas tecnológicas e comércio eletrônico para empresários de pequeno porte de diversas regiões do país. Na programação deste ano consta o total de 24 palestras, que estão sendo realizadas em 14 estados, cujo público estimado é de 6 mil empresários.
"Buscamos criar a cultura de comércio eletrônico junto aos empresários, que estão a frente das MPE. Grande parte deles é usuário da internet, mas ainda não compra e vende virtualmente seus produtos e serviços", explica Carlos Alberto Santos, diretor-técnico do Sebrae.
"Os temas segurança e certificação digital precisam ficar bastante claros para eles, pois ainda há muito desconfiança em relação aos negócios virtuais. A transação eletrônica tem de ser segura tanto para o comerciante como para o cliente", afirma Wang Hsiu Ching, gerente da Unidade de Acesso a Mercados do Sebrae.
O Sebrae e o comércio eletrônico
Outra ação do Sebrae em relação a esse tema é a Bolsa de Negócios, uma ferramenta eletrônica de aproximação entre empresas. Elas publicam o que estão comprando e vendendo e o sistema gera um cruzamento automático de dados. A Bolsa de Negócios do Sebrae atua nos setores de agronegócios, comércio, indústria e serviços. Em março deste ano, mais de 10 mil empresas estavam utilizando essa ferramenta.
A logística do comércio eletrônico é bastante diferente do comércio presencial ou convencional, segundo a publicação ‘A Internet como ferramenta de negócios’, do Sebrae no Estado do Rio de Janeiro. Nesse caso, não basta ter ótimos site, produto/serviço e bons preços. É preciso implantar um sistema de logística mais complexo, que envolve armazenagem, transporte e excelente serviço de entrega, diz a publicação.
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