Sites de busca aumentam concorrência pela liderança
20/05/2009
Para sobreviver no mercado de buscas da internet, o Yahoo, que detém somente 20,4% do segmento, pode mudar a maneira como o serviço trabalha atualmente. A empresa quer implantar um serviço que entenda o usuário e com isso, os dados pesquisados e apresentados serão exatamente o que ele deseja.
Para Pradbhakar Raghavan, diretor de estratégia e chefe do Yahoo Labs, as pessoas não querem fazer buscas. “Eles querem é descobrir rapidamente as informações que estão procurando, e não ficar navegando por uma lista de links", afirmou, nesta terça-feira (19), durante um encontro com repórteres em São Francisco.
Dessa forma, a nova ferramenta da empresa pretende interpretar o internauta e saber qual é a sua verdadeira intenção. O Glue, mecanismo de busca, já é empregado e está em teste, mas qualquer usuário pode acessá-lo. O objetivo do Yahoo é elaborar uma lista em que os resultados tenham ligação. Os problemas para que o mecanismo funcione passam por algumas variáveis como: descobrir qual é o desejo do internauta além de compreender o conteúdo das páginas.
A Microsoft também estaria preparando o lançamento da nova versão de sua ferramenta de busca na internet para a próxima semana. A especulação circula na imprensa dos Estados Unidos e aponta a conferência D: All Things Digital (que ocorre de 26 a 28 de maio, na Califórnia, EUA) como o local escolhido para a apresentação da solução até agora com codinome Kumo.com.
Com esta ferramenta, a Microsoft daria um passo importante frente à concorrência do Google, que hoje domina o mercado, e do Yahoo, uma vez que até o momento a companhia de software ainda conseguiu fechar a tão comentada compra do Yahoo.
Em fevereiro último, o executivo-chefe da Microsoft, Steve Ballmer, havia tentado uma nova conversa com a CEO do Yahoo, Carol Bartz, sobre um possível acordo no setor de buscas. Na avaliação de Ballmer, só assim as empresas poderiam competir com o Google.
O Google, por sua vez, reafirmou o posto de líder isolado no segmento de busca na internet, aumentando a distância para os concorrentes, segundo dados da comScore.
Nos EUA, a participação do Google cresceu de 60% em fevereiro para 64% no mês seguinte. O crescimento da empresa parece inabalado mesmo diante de novidades que chegam para disputar mercado com o gigante californiano. o último deles foi o Cuil que nasceu em 2008 e chegou a ser apelidado de grande ameaça ao Google, mas que, atualmente, não ultrapassa a marca de 1% de participação.
O Wikia Search, lançamento da Wikipedia, também surgiu com o mesmo propósito. Inclusive, prometia ir além e oferecer resultados mais relevantes a partir de opiniões da comunidade de usuários, ao invés de algoritmos como o PageRank, tática usada pelo Google.
Buscando fortalecer cada vez mais a posição de líder o Google acaba de lançar o Wolfram Alpha, que não quer ficar sendo conhecido apenas como um mero sistema de busca em rede, mas como um motor de conhecimento computacional, a sua peculiariedade está nas respostas personalizadas que oferece, às questões colocadas pelos utilizadores.
Para conseguirem tal feito, os técnicos do Wolfram desenharam um sistema de equações matemáticas que reconhecem e gerem a informação obtida em milhares de bases de dados: enciclopédias, publicações científicas e informação governamental e de outras instituições.
Segundo o Los Angeles Times, quem perguntar, por exemplo, "Quanto tempo de demora a chegar a Saturno à velocidade da luz?", a resposta será: 75 minutos.
"Estamos tentando reunir todo o conhecimento humano para dar respostas específicas", explica Stephen Wolfram, acrescentando que a informação disponível já ultrapassa os 10 terabytes de dados.
Não estando contente com tudo isso, liderança e um novo sistema sendo testado, para fazer face a este concorrente de peso, o Google lançou, quase em simultâneo, um serviço similar: o Google Square.
Esperemos para ver quem ganha a batalha.
Com informações do IDGNow!, Plantão Info, ITWeb e Expresso.pt
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