TV aberta se rende e usa web para atrair audiência
25/11/08
As emissoras brasileiras estão encontrando um caminho para fazer da internet uma aliada de suas grades de programação. Finalmente, as TVs deixaram que a interatividade ultrapassasse a barreira da leitura de e-mails e comentários no ar. Agora, os internautas podem interagir até no conteúdo dos programas, como no "Roda Viva", da TV Cultura.
Há dois meses, a emissora vem fazendo testes para conquistar o público de internet e incrementar a audiência. De acordo com a produção, o programa está tentando tornar o telespectador passivo em uma figura ativa dentro do programa.
Quem assiste ao programa na tela do computador pode ter três visões diferentes: uma é a câmera "oficial", a dos bastidores e a câmera que acompanha o andamento do trabalho do chargista Paulo Caruso. Ainda é possível interagir por meio das perguntas e comentários que chegam via chat e twitter.
Segundo reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, a Cultura começou a exibir conteúdo na internet antes mesmo de sua transmissão pela TV, o que torna o conceito de "auto-furo" positivo para os produtores, porque assim é possível que um público novo seja conquistado e que ele tenha acesso mais livre ao conteúdo.
De acordo com a responsável pelas transmissões participativas, Lia Rangel, a TV e a web não concorrem entre si, mas se complementam. Lia conta que a Cultura se inspirou em outras WebTVs, como a "Current TV", criada por Al Gore, nos Estados Unidos.
O presidente da Fundação Padre Anchieta, Paulo Markun, compara o começo da utilização da plataforma TV 2.0 à caça ao ouro no Velho Oeste e diz que, apesar de não gostar de definições, acredita que "na corrida em busca do ouro, apenas um ou dois que vão se destacar." Markun diz que a Cultura quer ser um deles.
Com informações da Folha de São Paulo
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