Varejo virtual fatura R$ 4,4 bilhões
10/01/2007
O varejo virtual vendeu R$ 4,4 bilhões no ano passado, cifra 76% maior que os R$ 2,5 bilhões obtidos em 2005. A taxa de crescimento é a maior da série desde 2001 e superou até mesmo as previsões, que indicavam um faturamento de R$ 4,3 bilhões no ano passado.
Nos últimos seis anos, o comércio eletrônico cresceu 800% e ainda tem fôlego para mais. A previsão é que o setor tenha crescimento de 45% em 2007, com faturamento de R$ 6,4 bilhões.
Os números foram divulgados ontem pela e-bit, empresa de pesquisa e marketing on-line, e não incluem vendas de passagens aéreas, automóveis e leilão virtual.
Os itens mais procurados foram CDs, DVDs e vídeos, com 17% de participação, dois pontos percentuais a menos que em 2005. Em seguida, apareceram os eletrônicos, com participação estável de 15%.
O terceiro lugar ficou com livros, revistas e jornais representando 13% das vendas. Como no varejo convencional, dezembro foi o melhor mês para os negócios, com faturamento de cerca de R$ 600 milhões.
Adesão
No ano passado, cerca de 7 milhões de brasileiros fizeram alguma compra pela Internet, alta de 46% em relação a 2005. Já o valor médio de compra, segundo o diretorgeral da e-bit, Pedro Guasti, manteve-se em cerca de R$ 300.
A expectativa para 2007 é manter o valor das compras e continuar aumentando o número de compradores. Se depender da auxiliar administrativo Vanessa de Assis, os números de 2007 serão mesmo robustos.
Há sete anos ela faz compras pela Internet e, com o tempo, foi ganhando confiança na rede e passou a comprar produtos de valor maior. No final de 2006, ela adquiriu uma máquina de costura e uma lavadora de roupas pela rede de computadores, além de CDs, DVDs, livros e pequenos eletrodomésticos, como sanduicheira.
?O preço é sempre melhor que nas lojas?, afirma. Além de fazer compras, ela faz também propaganda do comércio eletrônico. ?Tem gente que tem medo de comprar, principalmente com cartão, mas eu indico. Nunca tive problema nenhum. É só comprar em sites conhecidos?, diz.
Segurança
As dicas de Vanessa coincidem com as dos especialistas. Escolher o site no qual as compras serão feitas com base em indicações e procurar saber se a empresa tem correspondente no mundo físico (canais de comunicação como telefone, endereço, atendimento on-line) são os primeiros passos para evitar dor de cabeça na hora da compra, segundo o Movimento Internet Segura.
Outras recomendações são sempre digitar o endereço e nunca acessar o site por meio de links que chegam por e-mail. Cerca de 90% das fraudes têm início por meio de uma mensagem falsa.
É indicado também conferir o sistema de criptografia de dados. Para isso, observe se o endereço começa com http:// e tem cadeado ativo (o ícone fica nas extremidades da tela).
Para ter certeza de que o site é protegido, clique no cadeado e confira se a informação do certificado corresponde ao endereço na barra de navegação.
Para completar, o usuário só deve acessar os sites de compras por meio de computadores protegidos por programas de antivírus, firewall e anti-spam, que impedem que o equipamento sofra invasões e receba conteúdo indesejado.
ANA PAULA PEDROSA
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