Marketing digital para empresas

Criar um vídeo viral pode não ser a melhor estratégia de marketing

Não há como escapar do termo ‘viral’ quando se fala em marketing. É claro que o desejo de todos é criar uma campanha que se espalhe pela rede naturalmente, mas será que isso também vale para um vídeo viral no YouTube?

Na opinião de Wagner Martins, sócio da agência 301.yt, que cobra por views, a resposta é não. Em sua palestra durante o youPIX Festival, evento sobre internet que ocorreu na semana passada em São Paulo, ele explica por que pensa assim: o viral teria se tornado sinônimo de vídeo no YouTube. Isso foi bom para o Google, mas ruim para as marcas e para as agências, já que o pensamento comum de “vamos tentar fazer um viralzinho?” engessou muito a estratégia de criação de vídeos.

Um exemplo disso é o canal de humor Galo Frito, que com sua equipe de três pessoas alcançou mais de cinco milhões de assinantes, enquanto o canal Nike Futebol, com toda sua verba e renome, tem pouco mais de 190 mil. Segundo Martins, isso pode ser explicado pelo fato de que quem cria conteúdo consegue converter mais assinantes que um canal de marca.

Ele vai além e afirma que, atualmente, a indústria de publicidade venera os virais, mesmo que isso signifique apostar em uma estratégia que vive da exceção. Para cada lista de top 10 virais que deram certo, dá para fazer outra de top mil que deram errado.

Embora a tentação de fazer um vídeo viral seja grande – e é sempre importante lembrar que não existe uma fórmula para que isso ocorra – o ideal é sempre buscar acertar no formato e na ideia correta. O próprio YouTube tem passado a valorizar os canais, não apenas vídeos soltos.

Na agência 301.yt, Martins e sua equipe arriscaram no formato de canal criado especialmente para uma campanha da Skol, que desejava associar a marca com churrasco. O resultado foi o case “Manda Brasa”, que mostra um rapaz assando tudo na churrasqueira, um meio termo entre propaganda e canal com conteúdo especial para o YouTube. Embora ainda não se compare aos canais de conteúdo independentes, Martins afirma que os resultados do “Manda Brasa” já foram significativos, mostrando que talvez seja realmente hora de repensar essa história de “fazer um viralzinho”.

Veja aqui o vídeo:

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