Web 2.0 atrairá US$ 850 milhões em publicidade até 2010
05/04/2007
Um site de notícias editado exclusivamente por internautas é a mais nova amostra do poder de influência nas mãos dos usuários. O Topix, de nacionalidade americana, anunciou nesta semana que um grupo de voluntários eleitos por meio de inscrições on-line decidirá sobre a importância e relevância das notícias e a devida disposição nas páginas. A partir deste modelo, diga-se mais liberal, a interatividade mantém-se cada vez mais presente no meio virtual. Exemplos como YouTube e Wikipedia são a prova da tênue linha divisória na relação entre reprodutor e consumidor da informação. Eis, portanto, a representação do conceito colaborativo na Internet, classificado como Web 2.0. Por definição, ele implica, essencialmente, em permitir que usuários comuns, não especialistas, contribuam de maneira ativa com o conteúdo divulgado.
Segundo estudo realizado pela empresa In-Stat, investimentos publicitários em modelos similares de contribuição dos usuários na Internet devem alcançar a cifra de US$ 850 milhões até 2010.
“Eu não desprezaria esse poder dado ao usuário”, afirma o editor de Tecnologia do portal Estadão, Alexandre Barbosa. Embora aponte o processo como tendência para o mercado, o profissional defende também cautela na adoção e estruturação dos modelos.
Segundo ele, a emergência de novas tecnologias aguça a curiosidade, mas o processo de transição não é assim tão simples. “Para vingar, tem que ganhar credibilidade. Logo, é preciso equilíbrio, filtros e imparcialidade. É apenas o boom inicial e ainda falta corpo”, adverte. Barbosa acredita que após período de experimentação, o internauta tenderá a dispersar a audiência ao invés de manter a fidelidade. “As pessoas não vão com tanta voracidade. O leitor precisa adquirir confiança”, justifica.
Marcelo Gripa
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