Web 2.0 e vantagens atraem consumidor
13/03/2008
por Paula Pereira
A estratégia vitoriosa que consagrou a Gol no mercado de companhias áreas parece que finalmente conseguiu ser replicada para os demais setores de comércio eletrônico no País. Preços mais em conta, facilidades no pagamento, segurança e uma logística confiável foram alguns dos principais fatores que atraíram o consumidor para a rede.
O varejo on-line está em festa. Foram R$ 6,3 bilhões transacionados em 2007, segundo aponta a pesquisa Web Shoppers, divulgada hoje pela e-bit, em parceria com a Câmara.e-net. O número representa um crescimento de 43% em relação ao ano anterior, que ainda conta a seu favor com o aumento de e-consumidores, de 7 para 9,5 milhões de 2006 para cá.
Sem os custos operacionais de uma estrutura física, o comércio eletrônico tem agregado preços mais baixos que impactaram bastante na migração de novos compradores pela internet. Internautas com rendas nas faixas de até R$ 1 mil e de R$ 1 mil a R$ 3 mil já representam 39% das vendas na web.
“O parcelamento em 12 vezes sem juros e o frete gratuito se tornaram praticamente um padrão na web o que facilitou a entrada de consumidores que buscavam barganha no varejo convencional. A diferença de preço facilita para quem administra orçamento”, afirma Manuel Matos, presidente da Câmara-e.net.
Com cada vez mais pessoas navegando no Brasil (39 milhões segundo pesquisa do Ibope/NetRatings até o final de 2007), outro fator que contribuiu bastante para essa evolução foi o uso de sites de comparação de preços como Buscapé e Bondfaro e o fenômeno da interação da Web 2.0, buzz do momento.
“Vemos que esteve muito presente o conceito de web 2.0 para a tomada de decisão a partir da informação de terceiros na internet”, observa Pedro Guasti, diretor-geral da e-bit. Segundo o executivo, a confiança na marca ainda é o fator que mais pesa na hora da compra pela rede, mas novos elementos estão incrementando essa escolha como a indicação de amigos que já tiveram boas experiências com lojas virtuais e comentários de usuários nos diversos canais espalhados pela web.
Os sites de busca e de comparação de preço são responsáveis por quase 30% das compras na rede. “Levantamentos do Buscapé, por exemplo, chegam a mostrar variações de preço do mesmo item de até 60%”, lembra Matos.
O comportamento do consumidor definitivamente mudou. Mais seguro, ora ele inicia a compra por meio da internet e acaba nas lojas físicas, ora das físicas para a compra on-line, principalmente para buscar melhores preços, negociação e conhecer especificações técnicas e aspecto dos produtos. “A integração dos canais é muito grande. Cerca de 25 a 40% dos consumidores, dependendo do tipo de produto procurado, afirmaram buscar informações na internet antes de ir nas lojas ou usar os vendedores das lojas como uma espécie de consultores dos produtos antes de concretizar a compra mais barata pela web”, diz o presidente da Câmara-e.net.
Com um cenário tão otimista, a expectativa para o primeiro semestre de 2008 é de que o número de consumidores eletrônicos atinja a casa dos 10,5 milhões, com um faturamento circulando em torno dos R$ 3, 8 bilhões, 46% a mais que os seis primeiros meses de 2007.
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